STF mantém condenação de Gil Rugai por mortes de pai e madrasta em SP e processo passa ao transitado em julgado, diz TJ

1 de 3 Gil Rugai — Foto: Reprodução/Arquivo/GloboNews O Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, manteve em agosto a condenação definitiva de Gil Grego Rugai pelos assassinatos do pai e da madrasta, em 2004 em São Paulo, e o caso passou à condição de transitado em julgado, onde não é mais passível de recursos, segundo informou o Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. O Ministério Público (MP) paulista também confirmou a informação ao G1. Segundo a Promotoria, o Supremo negou pedido da defesa do publicitário e ex-seminarista, que queria anular o júri que o condenou e marcar um novo julgamento. Procurado pela reportagem, o STF respondeu que não poderia comentar o assunto porque o recurso julgado está sob sigilo. O publicitário e ex-seminarista de 36 anos sempre negou os crimes. Atualmente ele está preso em Tremembé, interior do estado, onde cumpre a pena. Na prática, de acordo com o TJ e com o MP, a decisão do STF impede que a defesa de Gil Rugai recorra novamente da decisão do júri de 2013 que o condenou a 33 anos e nove meses de prisão pelos homicídios dos publicitários Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitino, pai e madrasta do acusado. Isso porque o Supremo é a última instância da Justiça e não há mais órgão superiores para recorrer. O crime foi cometido em 28 de março de 2004. O casal foi encontrado baleado e morto à época na sede da agência de publicidade que funcionava na casa onde morava em Perdizes, Zona Oeste da capital. Luiz tinha 40 anos de idade e Alessandra, 33. Rugai tinha 20 anos naquela ocasião. O crime A Polícia Civil e o MP acusaram o ex-seminarista de matar as duas vítimas a tiros depois que seu pai descobriu que o filho desviava dinheiro da empresa. Gil Rugai, que também trabalhava no local, sempre negou o crime. Luiz foi baleado com seis tiros: um deles o atingiu nas costas e outro na nuca. Alessandra foi atingida por cinco disparos. Desde o crime, Gil Rugai já teve persas entradas e saídas da prisão. Atualmente ele cumpre a pena que foi condenado na Penitenciária de Tremembé, interior paulista, onde está desde 2016. Lá também estão outros presos de casos emblemáticos e de repercussão em São Paulo, entre eles, Alexandre Nardoni. 2 de 3 Luiz Rugai e Alessandra Troitino foram mortos em 2004 em São Paulo — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal A reportagem entrou em contato com Marcelo Feller, que defendeu o ex-seminarista no júri, para comentar o assunto, mas ele informou que "atualmente não mais tenho poderes para representar os interesses de Gil Rugai. Assim, não posso falar em nome dele, tampouco como defesa". De acordo com a Promotoria, os advogados de Gil Rugai tinham pedido ao Supremo a anulação do julgamento que o condenou. Além disso, sugeriram a marcação de um novo júri, mas o STF não concordou., segundo decisão de agosto deste ano. O TJ publicou nesta semana a decisão do caso como transitado e julgado. O processo será arquivado agora, de acordo com o Tribunal. Livro 3 de 3 Gil Rugai está preso em Tremembé — Foto: Arquivo/Camilla Motta/G1 Procurado pelo G1, o promotor do caso, Rogério Leão Zagallo, comemorou a decisão do STF e o fim definitivo do processo. “Ontem eu tomei ciência do despacho do juiz [Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da capital] que reconheceu o trânsito em julgado da sentença condenatória. Agora, com a ocorrência do trânsito em julgado, não cabe mais recurso. Está finalizado o processo, tendo sido mantida a condenação de Gil Rugai nos termos em que foi proferida no julgamento ocorrido em 2013”, declarou Zagallo. O promotor, que classificou esse processo como o mais importante de sua carreira, afirmou que pretende escrever um livro sobre o caso. “Eu fui muito criticado na época do julgamento por sustentar a condenação de Gil Rugai, mas segui em frente porque tinha plena certeza de que ele era, de fato, o autor dessas mortes. A manutenção da condenação é a prova de que eu estava certo e meus detratores errados. Vou escrever um livro no qual eu vou contar todos os bastidores desse caso. Por ora, missão cumprida”, afirmou Rogério Zagallo. Vídeos: Tudo sobre São Paulo e Região Metropolitana
25/11/2020 (00:00)
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